Por que quero ser prefeito de São Paulo

Por que quero ser prefeito de São Paulo

Queridos paulistanos, queridas paulistanas

São Paulo é equilíbrio entre força e afeto. Aqui, a potência de liderar a economia brasileira, como a maior cidade da América Latina, junta-se com o acolhimento de um povo que fala com diversos sotaques, mas se une, se ajuda e se ampara no sonho de construir oportunidades de uma vida melhor. São Paulo sempre foi a Cidade das Oportunidades. Uma cidade que, por sua própria história, pode e merece ser melhor do que está hoje. Foi aqui que nasci e vivi meus 42 anos. Aqui me casei com a Natalia e formamos

nossa família com duas filhas, a Sofia e a Laura. Nesse tempo, aprendi a amar São Paulo e conhecer suas várias faces. Vivi os dois lados da ponte: venho de uma família de classe média; meu pai e minha mãe são médicos do SUS e professores universitários. Ainda jovem, decidi me dedicar à luta social e fui viver na periferia da cidade. Foi lá que conheci minha companheira de vida e fomos morar no Campo Limpo, na periferia da Zona Sul, onde a Natalia nasceu e cresceu, filha de pais metalúrgicos.

Todos nós sabemos e sentimos na pele os efeitos do crescimento urbano desordenado pelo qual São Paulo passou. Numa cidade com mais de 11 milhões de habitantes, espalhados por um território de cerca de 1.500 km², a atividade econômica, geradora de empregos, acabou concentrada no Centro e em suas áreas próximas, a leste e a sudoeste, enquanto as afastadas periferias se constituíram como bairros- -dormitórios, com pouquíssimos postos de trabalho. Além disso, os principais centros de educação, saúde e serviços públicos também ficaram concentrados nas regiões centrais.

Essa configuração gerou uma cidade cada vez mais disfuncional, onde grandes contingentes de pessoas têm que se deslocar por muitos quilômetros para acessar emprego, serviços e lazer. É intolerável que trabalhadoras e trabalhadores tenham que passar mais de 3 ou 4 horas por dia no transporte público. Mesmo aqueles que têm carros precisam se deslocar grandes distâncias para suprir suas necessidades, gerando um trânsito caótico e muita poluição.